Impressionante como essa cidade me faz mal. Brilhantina nos cabelos cigarrentos. Cigarro no bico dos hipócritas. Seria um modo de se auto-afirmar? Porque nós somos mutantes em todas as coisas.
O silêncio machuca porque você não sabe o que ele diz. A sala de espera é silenciosa, mas tem revistas interessantes. Pernas à mostra, entrededos, botinas velhas, bundas mal-feitas. As pessoas se matam de trabalhar pra depois morrerem de alegria nos carnavais da vida. O rosto vivo de uma vivacidade já lavada por lágrimas. Como é bom aprender com erros, pagar na mesma moeda.
Bom mesmo seria se tornar um neurônio, uma artéria ou sei-lá-o-que pra entender o que as pessoas pensam, porque agem como agem, se têm uma genética ou um passado que as fazem realizar atos horríveis. É relativo. Porque meu vizinho é diferente; e é chato. Eu quero olhar o mundo, olhar o verde, olhar a seca. A cerca. O arame farpado que amarra os réus.
segunda-feira, 31 de agosto de 2009
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Um comentário:
Bruna, nem preciso dizer que sou fã dos seus textos, vc escreve pra caramba, seus textos me lembram os de Clarice e por isso gostaria de dizer:
Parabéns, minha cara amiga de palavras não suprimidas!
Ps: Gostaria de fazer-te um convite, eu e outros poetas postamos periodicamente em um blog idealizado por mim e uma poetisa de João pessoa, Jorge também participa, achei que seus textos deveriam também estar lá e por isso te mandei o convite por email, se quiser, fique a vontade para invadir o blog e lançar suas tão belas palavras!
aí vai o link:
http://sociedadedapena.blogspot.com/
ABRAÇOS!
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