quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Tapa


Quando eu vejo essa folha em branco e esse pé preto dá vontade de correr no mundo, fazer a vida, olhar as árvores. Dá vontade de fazer igual; e diferente. Olhar nos olhos das pessoas e insistir sobre seus brilhos diante de mim. Dá vontade também de dar tapas na cara dos hipócritas. Tapa na cara com sangue mesmo. Sangue que um dia saiu dos meus olhos. Olhos. Olhos. Olhos! Eu vejo um poço vazio na minha frente. Não sei se pulo, ou caio fora! Eu sempre quero mesmo estar fora. Fora desse joguinho; desse mundinho. Ah... eu vou pra lua. Vácuo!
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Bruna Lima Feitosa

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